sábado, 31 de janeiro de 2009
Fucking day
Hoje é um daqueles dias em que apetece correr descalça... e que os pés se espetem na palha seca e a pele se cubra de lama... que a alma adormeça na viscosidade do pó e as palavras que entopem os ouvidos se cravem no mais fundo penhasco que encontrarem...
Hoje quero que todos desapareçam da minha mente... e da minha fucking vida... quero estar vazia de tudo e de nada... ser apenas ar... o fucking ar que embala as bolas de sabão, o ar que arrefece da boca e aquece o rabo...
Hoje apetece-me falar rasputinês!!! Esbotear-me até que se vá a minha estupidez e se eleve ao ínfimo silêncio... Estou cansada e preciso de libertar esta negra energia que me está a azucrinar a fucking cabeça... Acho que é esta fucking rotina e programação dos dias que me está a por-me paranóica... Parece que não tenho mão na minha fucking vida... dá a fucking sensação que estou a ser programada e não tenho sobre o meu alcance o destino da minha vida....
fucking aaaaarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrghhhhhh!!! fucking fucking fucking fucking
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Esta é para ti Filipe =)
Sigur rós, pronuncia-se "si ur rous" e significa em islandês "rosa da vitória"!
Esta é uma das faixas do album ( ) dos Sigur ros! Nenhuma das músicas tinha título, embora a banda batizasse-as depois, em seu website. Todas as canções do álbum foram escritas em vonlenska (algo como esperancês), uma língua inventada pelos sigur ros, foneticamente parecida com o islendês. Supôs-se que o ouvinte é quem deveria criar um significado particular das letras, e escrevê-lo nas páginas em branco do encarte do disco. Deixo aqui uma proposta que encontrei no you tube! Faz tu também a tua tradução!
Yael Naim - Too long
I waited for so long
Outside myself
You see I was pretending
To be someone else
I was longing to see
Who i wanted to be
And I've been waiting on my own
I've been waiting for too long
Not strong enough to be with you
And I've been making up my world
I've been painting it with gold
Not strong enough to see you
I irrigate illusions
Then let them grow
How can I pacify myself?
And let go
And I run wild to see
Who I turned out to be
I've been waiting on my own
I've been waiting for too long
Not strong enough to be with you
And I've been making up my world
I've been painting it with gold
Not strong enough to see you
I've been waiting on my own
I've been waiting for too long
Not strong enough to be with you
And I've been making up my world
I've been painting it with gold
Not strong enough to see you
But it was too cold… In my world
i carry your heart with me…
i carry your heart with me… (i carry it in my heart)
i am never without it…
(anywhere i go you go,my dear and whatever is done
by only me is your doing,my darling)
i fear no fate(for you are my fate, my sweet)
i want no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life…
which grows higher than the soul can hope or mind can hide)
…and this is the wonder that's keeping the stars apart
i carry your heart… i carry it in my heart…
ee cummings
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Amor... complicado p'a caraca =)
"A nível da alma a dor que sentimos pelas quebras nas nossas relações não é a dor da injustiça ou da vingança incompleta: é a dor de querer amar e sentir esse impulso cortado, interrompido. A alma de facto insistirá no amor, sabendo que tudo o mais é palha, tudo o mais é apenas preparação."
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Bêbada de paleio
Cansa-me a futilidade, os estratagemas e as defesas parvas que cada um de nós constrói para se defender da presença do outro... antes de tudo sou um animal social...
Não quero que me contem das borracheiras que apanharam... dos feitos e conquistas que realizaram em prol da auto-admiração... Estou farta que me contem do que têm, do que conquistaram...
Ninguém é capaz de me dizer quem é?! Será que eu sei?!
Talvez...
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Perceberam?!
=)
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Alucinação
Moncho Rodrigues
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
O primeiro dia - Póvoa do lanhoso
E vamos lá ao primeiro gatinhar....
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Nascimento último
Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra.
E germinar no sono, germinar na árvore.
Tudo acabaria na noite, lentamente, sob uma chuva densa.
Tudo acabaria pelo mais alto desejo num sorriso de nada.
No encontro e no abandono, na última nudez,
respiraria ao ritmo do vento, na relação mais viva.
Seria de novo o gérmen que fui, o rosto indivisível.
E ébrias as palavras diriam o vinho e a argila
e o repouso do ser no ser, os seus obscuros terraços.
Entre rumores e rios a morte perder-se-ia.
António Ramos Rosa
domingo, 11 de janeiro de 2009
Did I dream you dreamed about me?
Song To The Siren - Tim Buckley
Long afloat on shipless oceans
I did all my best to smile
'Til your singing eyes and fingers
Drew me loving to your isle
And you sang
Sail to me
Sail to me
Let me enfold you
Here I am
Here I am
Waiting to hold you
Did I dream you dreamed about me?
Were you here when i was full sail
Now my foolish boat is leaning
Broken lovelorn on your rocks,
For you sing, "Touch me not, touch me not, come back tomorrow:
O my heart, O my heart shies from the sorrow"
I am puzzled as the newborn child
I am troubled at the tide:
Should I stand amid the breakers?
Should I lie with Death my bride?
Hear me sing, "Swim to me, Swim to me, Let me enfold you:
Here I am, Here I am, Waiting to hold you"
Belíssima...
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Somersault - Salto Mortal
Já alguma vez te sentiste indigente... sem raízes...
A tua casa é o gélido vento que decepa o teu rosto!?
Sem a ternura de um colo e o toque morno de um abraço!?
Já alguma vez te deixaste guiar pelos teus instintos... pela tua verdadeira essência!
Já paraste para pensar o que poderia acontecer!?
Não seria... tão bom... sentires que pelo menos uma vez na vida foste fiel à tua verdade... por muito que cruel que seja a realidade... mesmo que os outros não aprovem...
Já te sentiste observado pelas mediocridades de olhares indiscretos?
Que julgam e avaliam em cima dos seus orgulhos?
Já pensaste que a tua felicidade não pode depender dos outros?
Seria imensamente egoísta e fútil acreditar que só seremos felizes se possuirmos algo ou se estivermos com alguém...
Salto mortal é uma autêntica expressão de arte assombrosa e monstruosamente bela!
Um filme com textura e perfume...
“Foi na combinação das paisagens e das crianças transtornadas que encontrei a inspiração para este filme. O filme é habitado por pessoas assustadoras que apenas querem ser amadas; eu queria que o espectador se sentisse intimidado por elas. Às vezes, o filme é bastante negro, mas é então que aparece Heidi cercada de luz.”
O último habitante
"Rasgo o melancólico lume interior dos insectos
Atravesso a sabedoria das infindáveis areias de sono
Sou o último habitante do lado mitológico das cidades
Por vezes consigo acordar
Sacio a sede com a tua sombra para que nada me persiga
Teço o casulo de cocaína escondo-me no mel da língua
Lembro-me... fomos dois amigos e um cão sem nome
Percorrendo a estelar noite doutros corpos
Mas já me doem as veias quando te chamo
O coração oxidado enjaulou a vontade de te amar
Os dedos largaram profundas auusências sobre o rosto
E os dias são pequenas manchas de cor sem ninguém
Ficou-me este corpo sem tempo fotografado à sombra da casa
Onde a memória se quebra com os objectos e amarelece no papel
Pouco ou nada me lembro de mim
Em tempos escrevi um diário perdido numa mudança de casa
Continuo a monologar com o medo a visão breve destes ossos
Suspensos no fulcro da noite por um fio de sal
Partir de novo seria tudo esquecer
Mesmo a ave que de manhã vem dar asas à boca recente do sonho
Mas decidi ficar aqui a olhar sem paixão o lixo dos espelhos
Onde a vida e os barcos se cobrem de lodo
Pernoito neste corpo magro espero a catástrofe
Basta manter-me imóvel e olhar o que fui na fotografia
Não... não voltarei a suicidar-me
Pelo menos esta noite estou longe de desejar a eternidade"
Al berto, in o medo
Fantástico né?!
Às vezes sinto que as palavras do Al berto esventram-me a alma e sulcam sobre o papel as sombras que me insuflam...