sexta-feira, 23 de novembro de 2007

alexandre

Deixa-me escrever... rabiscar as palavras que se perderam no ritmo da língua...

a sala fria, condensada em luto febril...
os corpos quentes suspensos
o silêncio pálido guardado na janela iluminada
as conversas revistas, gastas...
os corpos inertes
os corpos mortos
o choro da porta dá voz à paz funesta
o brincar das crianças lá fora...
o arfar que explode o peito e rebenta os lábios
a vida repleta numa criança...
o teu sorriso Alexandre
o teu olhar...
as tuas lágrimas
as tuas mãos apertando os espinhos da rosa
a tua esperança paciente
o teu perdido olhar
a tua coragem
ressoa no teu peito a brava cavalaria
as tuas lágrimas
o teu rosto lacrimejado
o teu olhar

nunca me vou esquecer do teu olhar
da tua força

do teu encanto...

Um comentário:

Anônimo disse...

Queria uma palavra só
conheci todas
e nenhuma tão só
como fiquei
uma só carne